Os menos competitivos
Guiné, Chade, Mauritânia, Serra Leoa, Burundi e Malaui ocupam os últimos lugares do ranking.
Segundo o estudo, países com menores índices de competitividade se caracterizam por instituições fracas, infraestrutura deficiente e educação não inclusiva e de baixa qualidade, além de péssimo sistema de saúde.
Problemas do Brasil
No relatório de 2015, o Brasil teve piora em 9 das 12 categorias analisadas. As quedas mais acentuadas foram nos quesitos instituições, ambiente econômico, saúde e educação primária) e nos indicadores de sofisticação e inovação do ambiente empresarial. Já os pilares infraestrutura, prontidão tecnológica e tamanho do mercado tiveram leves avanços, subindo duas posições cada.
O estudo destaca a deterioração de indicadores como confiança pública em políticos, pagamentos irregulares e subornos, comportamento ético das empresas, pouca eficácia dos conselhos corporativos, citando os recentes escândalos de corrupção envolvendo poder público, partidos políticos e iniciativa privada.
Como os fatores mais problemáticos para se fazer negócios no país, os executivos apontaram, pela ordem, nível de tributação, leis trabalhistas restritivas, corrupção, inadequação da infraestrutura e burocracia.
Oportunidades
Segundo Carlos Arruda, embora o cenário geral seja marcado por grande pessimismo, a pesquisa aponta oportunidades para o país diante do potencial do mercado doméstico.
“Estratégias focadas na base da pirâmide, por exemplo, que desenvolvem ofertas para a camada mais pobre da população, são promissoras, e a forte desvalorização cambial abre espaço para um movimento de substituição de importações, em que empreendedores locais podem explorar opções mais baratas de produção local de bens e serviços”, avalia.
“Para sair desta situação de piora contínua, não há como fugir das soluções de curto prazo que urgem no país, como reformas fiscais e controle de orçamento do governo. O risco inflacionário, combinado à elevação do déficit público e à desvalorização cambial, é uma receita para um círculo vicioso. Com baixa abertura comercial, o desafio para o Brasil é investir mais em setores exportadores de produtos com maior valor agregado, em troca das commodities, e em acordos bilaterais no lugar dos multilaterais, ou seja, soluções mais eficazes em momentos difíceis como os de agora”, conclui.
Os 10 países mais competitivos e o Brasil |
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1ª |
Suíca |
2ª |
Cingapura |
3ª |
Estados Unidos |
4ª |
Alemanha |
5ª |
Holanda |
6ª |
Japão |
7ª |
Hong Kong |
8ª |
Finlândia |
9ª |
Suécia |
10ª |
Reino Unido |
75º |
Brasil |
Fonte: http://g1.globo.com