Justamente por Mauricio não ser psicólogo, coach ou mentor, ou talvez um pouco deles todos, decidi dividir com os leitores de Época Negócios a visão deste executivo de ponta, com 30 anos dedicados à transformação de negócios, por meio da tecnologia e de equipes de alta performance.
“Quando você está tranquilo e dominando todos os pratos, pode acontecer de bater um vento imprevisto e desequilibrar um deles. No empenho de tentar salvá-lo, você acaba colocando em risco todos os outros. Muitas vezes, conseguimos equilibrar os pratos novamente, mas, em certos casos, temos de tomar a difícil decisão de deixar cair um para salvar os mais importantes.”
E quais seriam?
“Existem pratos de porcelana (família, relacionamentos, saúde, valores pessoais) que, se caem, nunca mais conseguimos arrumar. E outros igualmente importantes, mas que são emborrachados (carreira e patrimônio), isto é, que podem cair sem se espatifar. Estes você recupera novamente”, compara.
A tomada consciente de decisão de deixar um prato cair, descreve o VP da Oracle, passa por aceitar a nossa vulnerabilidade e reconhecer que nem sempre somos capazes de manter todos os pratos no ar, e em qualquer condição: “Passa ainda por entender que não temos superpoderes e que a vida não é perfeita. Sempre haverá surpresas e mudanças de intensidade ou de direção. Portanto, precisamos aprender a conviver com isso e não desviar dos nossos valores pessoais, quando precisarmos tomar essa decisão sensível”.
A partir desse ponto, o do autoconhecimento, conseguimos enxergar quais são as prioridades. Comunicação e transparência são fundamentais, pois todos conseguem entender o momento e a decisão a ser tomada, podendo inclusive ajudar no processo.
Liderando diariamente centenas de pessoas, vivendo entre a pressão e a responsabilidade, com metas para atingir e diversas decisões importantes a serem tomadas em um só dia, pergunto ao Mauricio Prado como equilibrar dois “pratos capitais” da gestão: foco total no cliente e motivação do time.
“É como velejar: às vezes, a maré está calma; às vezes, não. Logo, você precisa ter uma rota clara, dominar o equipamento, ajustar as velas conforme o vento, preparar e motivar a tripulação para tudo o que possa vir pela frente. E nada disso é possível fazer sozinho. Se o seu prato cair, tenha certeza de que alguém do seu lado vai ajudar a recupera-lo”, ensina ele, com maestria.
Texto publicado originalmente na minha coluna semanal 'Futuro do Trabalho', em Época Negócios
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Marc Tawil
Empreendedor, comunicador, escritor, palestrante e filantropo. Nº 1 Top Voices LinkedIn. Dirijo a Tawil Comunicação, agência de comunicação que fundei em 2010, em São Paulo, e a MTWL, minha marca pessoal. Comento o #Cafedas6SP, ao lado de Mariana Godoy, pelos 94,1 FM da Rádio Globo e sou colunista semanal em Época Negócios. Atuo ainda como SAP Marketing Influencer, coordenador na Câmara de Comércio França-Brasil, conselheiro do Adus | Instituto de Reintegração do Refugiado e da Gaia +, multiplicador B pelo Sistema B, embaixador da Igualdade Racial pelo Instituto Identidades do Brasil e articulista dos portais Transformação Digital e Rock Content.