ANÁLISE DE DADOS PARA SELEÇÃO DE CANDIDATOS
Desde meados de 2014, a Endeavor, instituição que fomenta o empreendedorismo, decidiu adotar uma nova plataforma para escolher seus novos funcionários.
“Para a Endeavor sempre foi fundamental que os colaboradores tenham uma cultura alinhada com os nossos valores”, afirma Clarisse Monteiro, gerente de gente e gestão da Endeavor.
A instituição tinha facilidade para selecionar pessoas com as competências técnicas necessárias para os cargos. Mas fazer uma análise aprofundada – que leva em consideração o nível de engajamento do candidato com as causas da instituição – não era uma tarefa simples.
Poucas pessoas da equipe eram capazes de fazer essa avaliação e o processo levava muito tempo. Para agilizar, a instituição adotou a tecnologia da Pin People.
A startup foi fundada há dois. “Queremos a acabar com aquela frase dos profissionais de RH que dizem que contratam pela competência e demitem por causa do comportamento”, afirma Isabella Botelho, fundadora da Pin People.
A empresa faz uma análise de pessoas. Primeiramente, monitora com ajuda dos funcionários e gestores qual é a cultura e os valores da empresa. Depois, procura entre os candidatos à vaga qual combina mais com perfil da instituição. Essa análise é algo similar ao feito pelo Google Analytics, sistema que faz relatórios dos sites da internet.
Após a contratação, é realizado um monitoramento para saber se as expectativas do novo funcionário estão sendo atendidas.
Com a adoção da plataforma da Pin People, a Endeavor conseguiu agilizar o processo seletivo. “Conseguimos também ter mais clareza sobre o que os funcionários esperam”, afirma Clarisse.
O FIM DOS ARQUIVOS
Guardar currículos, contratos de trabalho, fichas de benefícios, atestados médicos e outras infinidades de documentos. O RH costuma ser um dos setores que mais junta papelada.
Mesmo com a digitalização desses arquivos, muitas empresas mantêm cópias físicas com medo de perder ou de não achar os documentos dentro dos arquivos eletrônicos.
O resultado são custos maiores e horas de trabalho desperdiçadas. Para evitar isso, existe no mercado softwares que fazem o gerenciamento eletrônico de documentos. Eles facilitam a armazenagem e a busca de documentos digitalizados. Uma das empresas que desenvolve esse sistema é a Reis Office.
O negócio foi fundado há 32 anos por José Martinho Reis. Na época, os principais produtos eram soluções para impressoras. Recentemente, Rodrigo, filho do fundador e sócio da empresa, percebeu a dificuldade de seus clientes para gerenciar esses arquivos online e decidiu criar seu próprio software.
“Hoje, o espaço físico em grandes cidades custa mais caro do que softwares de gerenciamento eletrônico de documentos”, afirma Rodrigo Reis. “Desenvolvemos uma ferramenta barata e acessível para pequenos e médios negócios.”
Com a ajuda da plataforma, os usuários conseguem encontrar e arquivar documentos de forma simples.
PARA ENTENDER OS FUNCIONÁRIOS
Quais os funcionários que merecem ser promovidos? Como medir os bônus? Como mensurar a produtividade? As respostas para essas questões costumam ser subjetivas. Mas algumas empresas querem mudar esse conceito.
A Mereo, por exemplo, quer utilizar a tecnologia para ajudar a calcular o desempenho dos funcionários. A empresa foi fundada por consultores que perceberam que a ideia de meritocracia era deturpada dentro de algumas empresas.
“Muitas vezes são premiadas as pessoas que têm melhor relacionamento e não as mais eficientes”, afirma Ivan Cruz, sócio da Mereo.
A plataforma criada pela empresa ajuda a determinar se os funcionários estão alcançando os resultados esperados. A tecnologia também permite calcular remunerações extras com base nos desempenhos individuais.
De acordo com a função da pessoa, são avaliadas algumas habilidades especificas. “Essa análise é feita pelos próprios colegas de trabalho. Esses dados são coletados e geram um relatório sobre desempenho de cada funcionário”, afirma Cruz.
O sistema da Mereo é utilizado por grandes empresas, como o Grupo Pão de Açúcar e BRF, conglomerado da Sadia e Perdigão.
Fonte: Diário do Comércio