O primeiro passo é repensar toda a dinâmica contábil da empresa. Resumindo: Planejamento Tributário. “É um trabalho um pouco complexo, mas que pode abrir novos horizontes para a empresa”, salienta Dias. Este é um importante momento para avaliar as características do negócio, buscando, com base nas informações a seguir, projetá-las em vários cenários tributários diferentes para saber qual a melhor estrutura a adotar no exercício seguinte:
– Analisar o faturamento de 2014 e prever o de 2015 e 2016;
– Qual o valor da folha de pagamento;
– Qual o valor do pró-labore do empresário ou sócio (aquele que consta na folha de pagamento);
– Analisar o total de compras feitas em 2014 e a previsão para 2015 e 2016;
– Definir o valor das contas da empresa (energia, água, telefone, internet) e financiamentos;
– Apurar o valor pago de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) em 2014;
– Observar e avaliar melhor margem de lucro bruta média aplicada nos produtos, que poderá ser, inclusive, alterada em função do estudo.
Há casos, ainda, em que é preciso avaliar se a natureza tributária (Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real, etc.) é pertinente à realidade financeira da empresa. Se preciso for, pode-se propor a mudança.
Ações mais simples
Obrigatoriamente, o Planejamento Tributário deverá ser feito junto ao contador da empresa. Mas o gestor pode iniciar um trabalho bastante eficiente seguindo as orientações do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. O órgão recomenda que o empreendedor inicie a reestruturação da empresa observando três conceitos básicos: fluxo de caixa, demonstrativo de resultados (apuração do lucro líquido da empresa levando em conta o custo das mercadorias vendidas, despesas variáveis e fixas) e balanço patrimonial.
Outra opção é investir em ferramentas que otimizem a gestão destas informações como softwares do tipo ERP (planejamento de recursos empresariais) e CRM (gestão de relacionamento com consumidores).
Resumo da ópera
Ronaldo reforça que economias devem, sim, ser feitas, mas de forma planejada. “Para lucrar, não é preciso somente reduzir drasticamente os gastos e aumentar as vendas. Os investimentos precisam ser mantidos, principalmente no treinamento de pessoal e novas tecnologias”.
Fonte: Singular Comunicação