Basicamente, é como se a área de RH tivesse diversas chefias. Quem já teve a experiência de ter mais de um chefe vai se recordar como é quando um quer o relatório em uma planilha específica, já o outro em texto, um acredita que seu trabalho deve ser feito na forma X outro em Y, no final, acabamos trabalhando por dois. Para se adequar a essa realidade, o RH moldou processos que ajudasse a reportar para os diversos órgãos e sistemas de maneira unificada.
Hoje, temos a implementação do eSocial, que busca centralizar todos os serviços e processos trabalhistas em um único sistema facilitando a verificação e autuação de irregularidades. Com isso, as empresas podem rever seus processos e simplificá-los, mas não é isso o que estamos vendo acontecer no mercado. As empresas têm mantido seus processos, principalmente por 2 motivos: (i) a preocupação de não fazer o correto e, (ii) com isso, acarretar em alguma multa.
Em março deste ano, começou a segunda fase do eSocial voltada para empresas acima de R$ 78 milhões de faturamento, obrigando empresas a imputar as informações dos eventos não periódicos (admissões, demissões e afastamentos). No mês passado tornou-se obrigatório o envio das folhas de pagamento.
Este será um ano de mudanças sistêmicas na área de RH. Além disso, será o momento para repensar aquilo que nos nomeia, os recursos humanos, ou seja, as pessoas que trabalham na empresa. Simplificar os processos, empoderar os colaboradores e, principalmente, pensar nas pessoas e na experiência que elas terão como um todo durante a sua permanência na empresa será fundamental - incluindo RH, que é a porta de entrada dos funcionários, definindo a primeira impressão.
Fonte: Administradores