3 — Achar que seu negócio não precisa de termos de uso e políticas de privacidade
Outro ponto importante diz respeito aos termos de uso e política de privacidade. Esses são os contratos que o seu negócio estabelece com o consumidor e o armazenamento de dados dele. Em tempos de novas regulações sobre proteções de informações online, como a GDPR, a importância de uma boa política de uso e privacidade em qualquer empresa fica mais do que clara.
“Os startupeiros, muitas vezes, acabam cometendo o erro de copiar e colar os termos de uso e as políticas de privacidade do Google, pesquisando startups similares”, diz Nascimento. Porém, nenhum negócio é igual ao outro e os processos da sua empresa precisam mudar ao longo do tempo.
Garantir a segurança dos dados seus usuários com práticas que eram vistas no começo dos anos 2000, quando os crimes digitais eram muito incipientes, pode manchar a reputação da sua empresa com os consumidores – especialmente se você for dono de um negócio inovador. Além de, é claro, abrir margens para processos jurídicos custosos.
4 — Desconhecer os tipos de contrato de trabalho
Contrato de trabalho ou de prestação de serviço também costumam dar problemas para empreendedores que não fazem a lição de casa. A relação com os funcionários deve sempre ser formalizada, sendo ele CLT ou temporário.
Quem fizer acordos informais, mesmo com pessoas jurídicas, pode estar sujeito a diversos riscos trabalhistas – incluindo processos sem históricos catalogados dos funcionários e, por isso, mais difíceis de serem disputados. O resultado? Seu negócio pode enfrentar um grande revés nas contas – e no crescimento da empresa como um todo.
“Independentemente do tipo de contrato que está sendo confeccionado, para o vínculo trabalhista estar configurado, basta estarem presentes quatro elementos: pessoalidade, subordinação, habitualidade e onerosidade. Por mais que um contrato de prestação de serviço mencione que não há uma relação trabalhista entre as partes, estando presentes os quatro elementos, estará configurada o vínculo”, alerta o advogado do BNZ for Startups.
5 — Negociar com parceiros sem nenhuma formalidade
Um dos últimos pontos a destacar é o contrato com fornecedores. Todas as relações da startup devem estar formalizadas, mesmo nos casos de parceiros que fornecem gratuitamente seus produtos ou serviço. Isso porque, no futuro, o fornecedor pode pleitear por remunerações, indenizações ou até mesmo por ser sócio do negócio. Novamente, crie contratos com tais parceiros.
Fonte: Exame.com