Notícias 08 Junho 2015

Pelo 5º ano, Brasil é último em ranking sobre retorno dos impostos Destaque

O Brasil segue na última colocação no ranking que mede o retorno oferecido em termos de serviços públicos de qualidade à população em relação ao que o contribuinte paga em impostos.

O Brasil segue na última colocação no ranking que mede o retorno oferecido em termos de serviços públicos de qualidade à população em relação ao que o contribuinte paga em impostos. Segundo o estudo divulgado nesta segunda-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (BPT), o país ficou pela 5ª vez seguida na “lanterninha” da lista.

O estudo avaliou os 30 países com as maiores cargas de tributos. O ranking leva em consideração a arrecadação de tributos do país em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) de 2013 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), que mede a qualidade de vida e bem-estar da população.

A Austrália ficou em 1º lugar no chamado Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES), seguida da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Na edição anterior do estudo, os 3 primeiros colocados foram, respectivamente EUA, Austrália e Coreia do Sul.

O Brasil ficou na 30ª posição do ranking, atrás de países como Uruguai (11º) e Argentina (19º) e Grécia (16º).

“Mesmo com os sucessivos recordes de arrecadação tributária, – marca que, em 2015, já chegou aos R$ 800 bilhões de tributos-, o Brasil continua oferecendo péssimo retorno aos contribuintes, no que se refere à qualidade do ensino, atendimento de saúde pública, segurança, saneamento básico, entre outros serviços. E o pior, fica atrás de outros países da América do Sul”, destaca o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.

O estudo aponta que, apesar de terem carga tributária muito próxima à do Brasil – que em 2013 foi de 35,04% do PIB -, países como Islândia (35,50%), Alemanha (36,70%) e Noruega (40,80%) estão muito à frente no que se refere a aplicação dos recursos em benefício da população, ocupando, respectivamente a 14ª, 15ª e 18ª posições.

O destaque desta edição foi o Reino Unido, que passou do 17º para o 10º lugar.

ÍNDICE DE RETORNO AO BEM ESTAR DA SOCIEDADE – 2013

Posição

País

Carga tributária sobre o PIB

Índice

Austrália

27,30%

162,91

Coreia do Sul

24,30%

162,79

Estados Unidos

26,40%

162,33

Suíça

27,10%

161,78

Irlanda

28,30%

158,87

Japão

29,5%

156,73

Canadá

30,60%

156,48

Nova Zelândia

32,10%

155,44

Israel

30,50%

155,41

10º

Reino Unido

32,90%

152,99

11º

Uruguai

26,30%

151,91

12º

Eslovaquia

29,60%

151,51

13º

Espanha

32,60%

151,38

14º

Islândia

35,50%

150,25

15º

Alemanha

36,70%

150,23

16º

Grécia

33,50%

148,98

17º

República Theca

34,10%

148,97

18º

Noruega

40,80%

148,32

19º

Argentina

31,20%

147,80

20º

Eslovênia

36,80%

146,97

21º

Luxemburgo

39,30%

144,69

22º

Suécia

42,80%

141,15

23º

Áustria

42,50%

141,01

24º

França

43%

140,69

25º

Bélgica

43,20%

140,21

26º

Itália

42,60%

140,13

27º

Hungria

38,90%

139,80

28º

Dinamarca

45,20%

139,52

29º

FIinlândia

44,00%

139,12

30º

Brasil

35,04%

137,94

Fonte: http://g1.globo.com/economia

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