Basicamente existem dois níveis de busca da solução mais adequada:
1º Nível: Empresas de ERP precisam reconhecer a nova cultura que afeta as necessidades do eSocial para a SST, exigente em termos de que e como usuários irão imputar dados, e oferecer adequados processos a serem adotados pelo pessoal dessas áreas para desempenhar adequada e rapidamente suas atividades. A prática de disponibilizar complexas planilhas eletrônicas para que sejam digitados dados através de manualidades e processos artesanais não encontra amparo pelas exigências do eSocial.
Se o sistema disponibilizado não aportar “inteligência” para facilitar o uso e até mesmo impedir que equívocos sejam efetuados, dados poderão não ser enviados de forma tempestiva, ou se o forem, é possível que apresentem diversas inconsistências, com o que não serão aceitos. O resultado final disso é previsível: estresse e multas.
Com isso, empresas de ERPs necessitam ou alterar profundamente o que oferecem para atender seus clientes nas demandas de SST, se puderem e se contarem com conhecimento suficiente para isso, ou buscar soluções terceiras que ofereçam o necessário e integrar as mesmas ao seu sistema.
2º Nível: Empresas que irão enviar dados ao Governo, terão que analisar a ferramenta disponibilizada pelo seu ERP, e para isso envolver todos os profissionais que a irão utilizar ou mesmo já a utilizam. Estes são os usuários que conhecem as reais necessidades e podem avaliar as ferramentas que lhes são fornecidas. É imperativo testar antecipadamente as mesmas com vistas às exigências do eSocial, pelos quatro eventos de SST: Tabela de ambientes de trabalho, Comunicação de acidente de trabalho, Monitoramento da saúde do trabalhador e Condições ambientais do trabalho.
Se a conclusão for idêntica à observada pelas empresas que adotaram essa prática, ou seja, de que as atuais soluções oferecidas pelas empresas de ERPs são inconsistentes, muitas vezes equivocadas em conceitos básicos e até mesmo primárias para os fins que irão se destinar (SST no eSocial) ainda há algum tempo para adequar-se corretamente (artigo escrito em final de fevereiro/2016).
Com isso a nova crise agora anunciada poderá não ocorrer. Caso contrário, será observada em breve.
Recomenda-se ouvir o que diz a respeito de eSocial e SST o Dr. Paulo Roberto Magarotto, Auditor da Receita Federal: http://tinyurl.com/zzcvnzt