Fonte: G1 - Globo
O mapa tributário das pequenas e médias empresas
Do enquadramento do regime à definição de atividade econômica, descubra se a sua empresa está alinhada com as demandas de impostos municipais, estaduais e federais.
A complexidade do ambiente de negócios brasileiro ainda é um dos principais desafios para o crescimento de pequenas e médias empresas. Nesse sentido, o entendimento da estrutura de impostos do país é o primeiro passo para criar uma estratégia de gestão tributária eficiente — e reduzir seus impactos financeiros sobre a operação. “A falta de conhecimento faz com que muitos empreendedores deixem de pagar ou paguem incorretamente seus impostos”, afirma Marcelo Esteves, Superintendente Comercial de Empresas do Itaú.
QUAL É O REGIME TRIBUTÁRIO MAIS ADEQUADO PARA A MINHA EMPRESA?
1) MEI
O regime de Microempreendedor Individual (MEI) é a opção mais indicada para negócios que tenham no máximo um funcionário e faturem até R$ 81 mil por ano. Os impostos são recolhidos em apenas uma guia mensal (DAS-MEI), com valores que variam entre R$ 67 e R$ 72.
2) SIMPLES NACIONAL
Empreendedores com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões podem optar pelo Simples Nacional. O regime envolve o pagamento de tributos de esferas federais, municipais e estaduais, como IRPJ, PIS, Cofins, ICMS e ISS. O recolhimento é feito em apenas uma guia mensal (DAS). As alíquotas variam de 6% a 15,5% sobre o faturamento, de acordo com o volume de vendas, região de atuação e classificação nacional de atividade econômica (CNAE).
3) LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO
Os regimes de Lucro Real (com impostos calculados em cima do lucro efetivo registrado pela empresa) e Lucro Presumido (baseado em uma tabela fixa de projeção de lucro sobre o faturamento bruto) são indicados para empresas em estágio mais avançado, com faturamentos anuais superiores a R$ 4,8 milhões.
Em ambos os casos, o pagamento de tributos de esferas federais, estaduais e municipais são feitos separadamente, em diferentes períodos de apuração mensais, trimestrais e anuais. Por essa razão, é recomendado o acompanhamento de uma assessoria ou profissional especializado em contabilidade.
QUAL É CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADE ECONÔMICA (CNAE) MAIS INDICADA PARA O MEU NEGÓCIO?
Composta por um código de sete dígitos, a CNAE deve ser definida ainda no processo de abertura do CNPJ. Atualmente, existem 1.332 classificações disponíveis para pequenas e médias empresas, que podem ser escolhidas de acordo com o tipo de serviço, atividade e ramo de atuação de cada negócio.
A CNAE interfere diretamente no cálculo da guia de pagamento mensal do Simples Nacional. Por essa razão, a definição deve ser feita de maneira estratégica, pois pode resultar em cargas tributárias desnecessárias. Uma dica importante: a mesma empresa pode ter diversas classificações secundárias vinculadas à atividade principal do negócio, desde que as atividades estejam relacionadas.