Falácias assim em nada contribuem para que realmente nos tornemos um lugar mais bem visto, não só pela pujança de uma economia até há pouco tempo mundialmente exaltada, mas sim como uma pátria, que mesmo sem chuteiras tão brilhantes a festejar no momento, resolveu pendurar a velha e odiosa “Lei de Gerson”.
Mas o relativismo assumido por verdadeiros dogmas do passado tem sido pródigo em criar novos conceitos no mínimo hilários. Ao perguntar, dia desses, a um amigo o que ele achava de certa pessoa, fiquei perplexo ao ouvir: “é gente boa, mas com moral e ética flexíveis”. Ora, seria então possível alguém ser mais ou menos corrupto, ao sabor de suas próprias conveniências? Claro que não!
As transformações que tanto almejamos, seja no silêncio de nossas consciências ou nos reclamos alardeados nas ruas, devem começar por um profundo processo de reflexão.
Cobrar ética dos outros é muito simples, mas pode se tornar um desafio gigantesco quando tomamos a decisão de realmente colocá-la em prática. O esforço, porém, vale a pena, pois será um legado a deixar não apenas ao próximo governo, do partido A ou B, mas sim a todas as gerações que virão pela frente.
(*) Edgar Madruga é administrador de empresas, auditor e coordenador do MBA em Contabilidade e Direito Tributário do Instituto de Pós-Graduação (IPOG).
Fonte: http://www.contabeis.com.br