Desde muito jovem, Branson foi diagnosticado como disléxico – o que talvez pudesse dificultar uma carreira promissora como advogado, por exemplo. Mas isso não o fez descartar todas as possibilidades. Aos 15 anos, decidiu se tornar um empreendedor e montou seu próprio negócio – que um dia viria a se tornar o império Virgin.
Conhecer seu potencial e investir nele: essa é a moral da história. Mas também é preciso persistir – e não desistir. Quando iniciou no empreendedorismo, Branson elaborou um plano de negócios para alcançar seus objetivos, e o segue até hoje. “Esse plano relaciona todas as pessoas que precisaríamos abordar, de distribuidores e gráficas a colaboradores e anunciantes. […] Aprendi que se lhe ocorrer uma ideia brilhante, leve-a em frente; se lhe ocorrer um problema, enfrente-o. Faça o bem, não o mal. Retribua se puder”.
E Richard Branson levou a sério seus “mandamentos”. Ele afirma que sua formação e o papel das pessoas ao seu redor foram aspectos relevantes para atingir o sucesso profissional. Reconhecendo que nem todos têm “privilégios” como esses e sustentando a ideia de retribuir, Branson decidiu começar a investir em jovens empreendedores e oferecer oportunidades.
O papel da educação
Para o autor e empresário, a educação é a ponte que leva ao sucesso. Em 2005, o primeiro Centro Branson de Empreendedorismo foi inaugurado em Joanesburgo, na África do Sul. Ele defende a ideia de que o empreendedorismo é o “caminho de ouro para a liberdade econômica”, sendo capaz de impulsionar o crescimento de um país e ajudar a empregar cidadãos.
A ideia para os Centros Branson surgiu por incentivo de Taddy Blecher, cofundador da universidade gratuita da África do Sul, a CIDA, Community and Individual Development Association (Associação para o Desenvolvimento Individual e Comunitário) e Branson o cita como inspiração. “Sua primeira reação à pobreza à sua volta foi abrir a carteira e distribuir dinheiro. Mas, mesmo que fizesse isso, ele sabia que não estaria agindo corretamente. Essas pessoas não queriam caridade; elas queriam opções na vida”, afirma no livro.
Para o megaempresário, o empreendedorismo vai além de meros ganhos financeiros. O impacto que um empreendimento pode causar no meio social e ambiental é mais importante que o capital. Ele também defende que o capitalismo pode ser benéfico para todos, caso abandone o sistema hierárquico e opressor. Segundo o autor, é possível “mandar para o espaço a maneira tradicional de fazer negócios”.
Isso significa que os empreendedores têm nas mãos os instrumentos necessários para melhorar a vida em sociedade, gerando oportunidades para que as pessoas possam construir uma vida melhor. Essa é a ideologia sustentada pelos Centros Branson. “Não estávamos lá para produzir funcionários, mas ajudar as pessoas a desenvolverem empresas e empregarem outras pessoas”, afirma.
Fonte: http://www.administradores.com.br